terça-feira, 5 de maio de 2009

Latitude 40.58
Longitude -7.37
Elevação (Metro)

Área853 ha

População total - Censos 2001 (I.N.E. 2001)
População Presente 145
População Residente 164
Famílias 69
Alojamentos 159
Edifícios 158
Eleitores 203 (A.V.P. Abril 2009)

Anexas: Soutomoninho

Distância à sede de concelho 12 Km

Executivo
Presidente- Manuel Naves
Secretário- Amândio Joaquim Nunes Terras
Tesoureiro- Fernando José Nunes de Oliveira

Sede da Junta de Freguesia:
Est Municipal, 557
6360-030 Cadafaz CLB
Tel 271712048
Email - freguesiadecadafaz@gmail.com

Reunião do Executivo - Não tem dia próprio

Orago - S. Sebastião

Património Cultural Edificado:
Igreja Matriz;
Capela de S.Miguel;
Fonte de Belém;
Cruzeiro (Alminhas) e (Ladeira)

Locais de Interesse Paisagístico:
Alto de S. Domingos (Vista Panorâmica de S.Domingos e Soutomoninhos)

Eventos Desportivos:
Descida de Carrinhos de Rolamentos de Cadafaz
(3º Fim-de-semana de Agosto)

Locais Para a Pratica de Modalidades Desportivas:
Campo de Futebol de Cadafaz (Pelado)

Turismo Rural:
Habitação Rural
"Campo e Serra"
Soutomoninhos
6360-030 Cadafaz CLB

Colectividades:
Associação de Solidariedade de Cadafaz
Junta de Agricultores de Cadafaz

Festas:
S.Sebastião (2º Dom. de Agosto)

Lenda
Para justificar a origem do topónimo principal da freguesia, Cadafaz, diz a lenda que os primeiros habitantes da freguesia, conhecedores da arte de carpintaria, e aproveitando o facto da grande quantidade de castanheiros existentes na mesma, construíram cada um a sua casa, tendo gerado o dito, "cada-um-faz".

Gastronomia:
Borrego Assado e Cabrito

Principais Actividades Económicas:
Agricultura, Pastorícia e Industria Queijeira (Queijo da Serra)

Produtores de Borrego em Cadafaz (Soutomoninhos):
João B. Castelo
Bernardino Silva
Manuel Castelo
António Anastácio


Situada na Região Serrana, que bem se salienta do Vale do Mondego, Cadafaz encontra-se situada no sopé do Planalto Beirão, ramo da Serra da Estrela. Das suas remotas origens, temos registos da existência de uma ermida e uma pequena fortificação no Monte de S. Vicente, assim como de um castro e outra ermida no Monte de S. Cordélio, concerteza que um breve levantamento arqueológico nestes locais revelaria espólio bastante e de qualidade para atestar o que afirmámos.
São apontadas várias origens à designação Cadafaz, desde a de Cada-Um-Faz digamos que uma lenda com pés e cabeça, até á da analogia entre Calafate e Cadafaz também com muita lógica, nunca saberemos ao certo qual a real.
A população sempre teve na agricultura e pastorícia, as suas principais fontes de riqueza, com uma terra fértil, em que o milho, azeite e a castanha abundavam. A existência de nove moinhos na freguesia comprova que a produção de milho seria elevada, e de certeza de fazer inveja a muitas outras freguesias.
A igreja matriz de Cadafaz teve o seu "poiso" inicial no lugar das Hortas, tendo sido transladada para o local actual devido, diz a lenda, a tal praga de formigas que até invadiu o sacrário, o seu espólio religioso foi durante as obras de transladação do templo, depositado na Igreja Matriz de Sto. André da Rapa, indo o povo enquanto duraram as obras assistir às missas a essa freguesia vizinha.
Foi curato e posteriormente do Padroado Real, sendo o cura apresentado pelo priorado de S. Martinho de Celorico com a quantia de 35.000 reis e o pé de altar.
A 17 de Setembro de 1810 as tropas francesas de Junot que se dirigiam a Prados e Linhares, atravessaram a povoação deixando para trás como em todas por onde passavam um rasto de terror e destruição, nesta freguesia de Cadafaz cinco casas e a Capela de S. Domingos foram destruídas, embora o pior tenha sido o numero de habitantes assassinados, 32 no total, vinte e seis homens, quatro mulheres e duas crianças, João Botelho Pires "As Invasões Francesas" pag 45.
Existe um local em Cadafaz chamado Pedra da Atalaia, sugere-nos o nome a existência de um habitat dos períodos V a IV, provavelmente muito idêntico ao situado em Santiago do Cacem, de origem céltica que por sinal se chama também Pedra da Atalaia, estas circunstâncias não acontecem por mero acaso, nem se dão nomes a lugares por injustificada razão. O futuro nos dirá algo sobre isso.
Os seus habitantes são alcunhados por aréus, nome dado aos fiéis da religião visigoda, por terem trocado Cristo por um caudal de água, esta lenda é muito contestada pela população de Cadafaz, contam os antigos que eles teriam conseguido o dito caudal de água, com alguma astúcia e artimanha própria dos beirões, enganando desta forma os juízes e os vizinhos da freguesia de Rapa.
As oliveiras, são hoje, as árvores que predominam na paisagem, ocupando um pouco o espaço que noutros tempos pertenceu aos castanheiros, formando fantásticos soutos.
Dispondo já de Turismo Rural e recebendo, a quem tentado pelo romantismo e beleza da região, a visita, com a delicadeza que é apanágio das gentes beirãs, Cadafaz prepara-se assim para um futuro em que o turismo terá uma importância cada vez maior no desenvolvimento local.

Lenda que deu origem aos habitantes de Cadafaz serem alcunhados de "Aréus"

Quando os de Cadafaz resolveram fazer uma levada, os senhores, da Rapa, reclamaram a água, queixando-se ao Tribunal. Então, as gentes de Cadafaz improvisaram um moinho com uma roda de carro de bois . Quando os juízes do Tribunal vieram verificar o local a fim de se pronunciarem sobre a causa, encontraram pelo caminho, mulheres que levavam sementes e faziam a farinha .Perguntando os juízes, às mulheres que iam e vinham, estas lhes responderam, vieram do moinho, enganando assim os juízes, que se pronunciaram a favor dos de Cadafaz, visto que a levada tinha como objectivo o funcionamento do moinho .
Este episódio não teria agradado muito aos da Rapa que teriam ficado com um crucifixo de Cristo, aquando da mudança da Igreja de Cadafaz, do lugar das Hortas, para o actual lugar.
Porém, uma outra história, conta que numa Festa do Santíssimo, realizada rotativamente pelas paróquias da Diocese da Guarda, e que nesse ano teve lugar na Rapa, os da Rapa pediram aos do Cadafaz a custódia, que se encontrava em melhor estado de uso, que a deles .
Como os da Rapa perderam a causa da água por uma artimanha, sentiram-se ofendidos, não restituindo a custódia aos do Cadafaz.

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